Muitas vezes, em sala-de-aulas, deparo com alunos que deixam de compreender um conceito, não por desconhecimento desta ou daquela disciplina, mas por uma má formação em nosso idioma. Termos que quando trabalhados na sua etimologia transformam óbvios seus conceitos. Nessas horas lamento a retirada de nosso currículo básico o Latim, base do Português, ou um aprofundamento em Morfologia no ensino de nossa língua. Seria de muita utilidade para nossos estudantes um conhecimento mais aprofundado dos radicais, prefixos e sufixos latinos e gregos. Garanto que os professores das demais disciplinas agradeceriam muito, pois facilitaria grandemente o trabalho de ensinar, permitindo ao aluno, ao reconhecê-los nas palavras, perceber o conceito inerente à ela.
Por que faço toda essa introdução para discutir dois conceitos que já estão introjetado no rol de termos mais comuns em EAD - síncrono e assíncrono? Porque no simples olhar à morfologia dos termos suas semânticas vêm à tona.
Inicialmente vamos deixar de lado as aplicações contextualizadas destes. Tomemos, então, o primeiro deles. Síncrono. O seu radical tem origem no grego e quer dizer tempo, dele derivam cronologia, cronológico, crônico, e uma infinidade de outros termos. Mas quando prefixado por [sin-], também originário do grego, com o sentido de simultaneidade, forma o morfema [síncrono], clarificando sua semântica de simultaneidade temporal. Quando olhamos outro prefixo grego, o [a-], notamos que transforma uma palavra em sua negação, transforma-a em privação do conceito inerente ao seu radical. Sendo assim, assíncrono, deixa de ter o sentido de simultaneidade temporal, como descrito acima, e torna-se em um conceito atemporal, para utilizar a mesma prefixação em relação ao radical tempo.
Agora sim, vamos contextualizar os termos em nosso estudo de EAD ou das TICs empregadas à Educação. Ao falarmos de Comunicação Síncrona, nos referimos àquela produzida por ferramentas, também síncronas, ou seja, ao mesmo tempo, simultaneamente, com outros participantes da palestra, do curso ou da aula em questão. Tais ferramentas podem ser um simples chat, como o MSN ou o Skype, mas podem ser ferramentas mais sofisticadas de webmeeting, onde os participantes interagem em áudio e vídeo com o ministrante que pode fazer uso de slideshows, animações e vídeos como ferramentas assessórias à explanação do assunto. Nestas reuniões, os participantes podem interferir com seus conhecimentos e experiências pessoais, gerando assim a construção coletiva do conhecimento de todo o grupo. Por outro lado, quando olharmos às ferramentas assíncronas, estamos nos referindo àquelas onde o aprendente pode acessar independente de horários pré-agendados, e sim no momento em que lhe for propício, para uma melhor interação com o conteúdo e ferramentas disponíveis. Estas podem estar em ambientes como blogs, comunidades sociais, wikis, LMS,..., na forma de textos, podcasts, slideshows, animações, vídeos, testes, ou outras tantas formas de disponibilização de conteúdos.
Se olhamos tais formas de comunicação, visando a montagem de cursos em EAD, precisamos atentar à uma questão fundamental, a relação custo-adequabilidade-benefício. Um curso baseado em ferramentas síncronas utilizando ambiente especialista, pode ter um custo que inviabilize o processo, neste caso as ferramentas assíncronas podem ser mais indicadas. Portanto, um bom planejamento prévio do curso com seus objetivos gerais e específicos bem delineados, perfil do participante esperado definido, assim como o conteúdo a ser disponibilizado com a ferramenta selecionada, serão informações imprescindíveis à tomada de decisão quanto à sincronicidade, ou não, do ambiente a ser utilizado.
Grande abraço,
Por que faço toda essa introdução para discutir dois conceitos que já estão introjetado no rol de termos mais comuns em EAD - síncrono e assíncrono? Porque no simples olhar à morfologia dos termos suas semânticas vêm à tona.
Inicialmente vamos deixar de lado as aplicações contextualizadas destes. Tomemos, então, o primeiro deles. Síncrono. O seu radical tem origem no grego e quer dizer tempo, dele derivam cronologia, cronológico, crônico, e uma infinidade de outros termos. Mas quando prefixado por [sin-], também originário do grego, com o sentido de simultaneidade, forma o morfema [síncrono], clarificando sua semântica de simultaneidade temporal. Quando olhamos outro prefixo grego, o [a-], notamos que transforma uma palavra em sua negação, transforma-a em privação do conceito inerente ao seu radical. Sendo assim, assíncrono, deixa de ter o sentido de simultaneidade temporal, como descrito acima, e torna-se em um conceito atemporal, para utilizar a mesma prefixação em relação ao radical tempo.
Agora sim, vamos contextualizar os termos em nosso estudo de EAD ou das TICs empregadas à Educação. Ao falarmos de Comunicação Síncrona, nos referimos àquela produzida por ferramentas, também síncronas, ou seja, ao mesmo tempo, simultaneamente, com outros participantes da palestra, do curso ou da aula em questão. Tais ferramentas podem ser um simples chat, como o MSN ou o Skype, mas podem ser ferramentas mais sofisticadas de webmeeting, onde os participantes interagem em áudio e vídeo com o ministrante que pode fazer uso de slideshows, animações e vídeos como ferramentas assessórias à explanação do assunto. Nestas reuniões, os participantes podem interferir com seus conhecimentos e experiências pessoais, gerando assim a construção coletiva do conhecimento de todo o grupo. Por outro lado, quando olharmos às ferramentas assíncronas, estamos nos referindo àquelas onde o aprendente pode acessar independente de horários pré-agendados, e sim no momento em que lhe for propício, para uma melhor interação com o conteúdo e ferramentas disponíveis. Estas podem estar em ambientes como blogs, comunidades sociais, wikis, LMS,..., na forma de textos, podcasts, slideshows, animações, vídeos, testes, ou outras tantas formas de disponibilização de conteúdos.
Se olhamos tais formas de comunicação, visando a montagem de cursos em EAD, precisamos atentar à uma questão fundamental, a relação custo-adequabilidade-benefício. Um curso baseado em ferramentas síncronas utilizando ambiente especialista, pode ter um custo que inviabilize o processo, neste caso as ferramentas assíncronas podem ser mais indicadas. Portanto, um bom planejamento prévio do curso com seus objetivos gerais e específicos bem delineados, perfil do participante esperado definido, assim como o conteúdo a ser disponibilizado com a ferramenta selecionada, serão informações imprescindíveis à tomada de decisão quanto à sincronicidade, ou não, do ambiente a ser utilizado.
Grande abraço,
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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon
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Referência:
BRITO, Allan. Síncrono ou assíncrono. Disponível em http://www.colaborativo.org/blog/2007/10/08/sincrono-ou-assincrono/. Em 15/08/2009.
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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
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