quarta-feira, 20 de julho de 2011

Funções Psicológicas em Jung



Os Tipos Psicológicos serviram de base para que Jung ampliasse suas pesquisas sobre a psique das pessoas. Partindo deles desenvolveu um estudo que distingue quatro funções fundamentais presentes nas pessoas, não importando se são introvertidas ou extrovertidas. Aí a Introversão ou Extroversão entram para dar um certo colorido às formas de se relacionar com o mundo, percebendo-o ou julgando-o.

Sensação e Intuição são funções perceptivas, com características muito próprias distinguem a forma com que o indivíduo percebe as informações que lhes chegam ao se relacionar com o mundo circundante. Já Pensamento e Sentimento, como fazem a análise e constroem opiniões contextuais sobre elas.

Percebendo o Mundo

Sensação – As pessoas que tem na sensação sua forma principal de colher as informações respondem a elas com rapidez, o que as leva a uma adaptação às emergências cotidianas com certo grau de facilidade. São habilidosas ao executar trabalhos que requeiram-lhes o uso de instrumentais, aparelhos, veículos e outros utensílios.

Intuição – O indivíduo intuitivo recebe e processa a informação tendo como base experiências já vivenciadas ou visando seus objetivos futuros, sempre dentro de um processo inconsciente. Suas percepções ganham sentido com tanta rapidez que chegam a confundir às suas interpretações conscientes as informações brutas recebidas.

Elaborando Julgamentos

Pensamento – Impessoais. Lógicos. Objetivos. Esses são os critérios de julgamento para quem tem como função predominante o Pensamento. Conhecidos por Reflexivos são grandes planejadores, embora um tanto proselitistas, pois se agarram firmemente às próprias teorias e planos, sendo difíceis em mudar de opinião.

Sentimento – Estes trabalham sob outros critérios de julgamento. Bom, mau, certo ou errado, critérios particulares utilizados para analisar as informações recebidas. São baseados em questões abstratas de valores e consistência. Preferem emoções fortes e intensas, meso que não sejam positivas, em detrimento de um viver comodista.

Provocação

Que tal partirmos agora, nos comentários para uma discussão buscando a contextualização do pensamento de Jung em nossa prática docente?

Te espero por lá...
Grande abraço.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Tipos Psicológicos segundo Jung


Um dos maiores pesquisadores da personalidade humana foi o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Estudioso das relações humanas e suas interações, apresenta, em 1921, uma contribuição fundamental para o entendimento do ser humano – os Tipos Psicológicos. ]de cordo com seu entendimento, o Tipo seria um estado da psique humana de ação ou reação situacional caracterizada por seus interesses, referências e habilidades. Dentro deste pressuposto, aponta uma postura dicotômica do indivíduo enquanto sua relação com o mundo.

Ao reagir de forma que privilegie pessoas ou fatos, ou seja, o mundo externo, estará caracterizado, segundo a tipologia jungiana como alguém extrovertido. Em contraponto, se interiorizar sua reação, se mostrará um indivíduo introvertido. Estes dois quadros reativos não são mutuamente excludentes, mas, presentes em todas as pessoas e se apresentam mais evidenciados de uma ou de outra forma na maioria do tempo, ou circunstancialmente, o que seria o ideal, quando, dependendo do contexto que o permeia, o indivíduo reagiria pertinentemente, de forma introvertida ou extrovertida. Porém, o que se pode perceber, via de regra, é a predominância de um dos Tipos Psicológicos, independentemente do cenário que se apresenta.

Assim, a Extroversão é o Tipo Psicológico daqueles que se relacionam com suas exterioridades, com o mundo que o circunda, com as pessoas e os fatos. São pessoas sociáveis e socialmente conscientes. No entanto estão no limiar de serem dominados por esta mesma exterioridade e, em alguns casos, assumirem posições de outrem, alienando seu próprio pensamento e opinião.

Já a Introversão torna o indivíduo introspectivo, mais fechado em seu mundo interior, mergulhado em seus pensamentos e sentimentos. Desta forma, corre o risco de se isolar do mundo externo, perdendo o senso da adaptação às circunstâncias que se lhe apresentam.


Carl Gustav Jung - 1875-1961




Natural da Suíça, nasce em uma família recheada de pastores luteranos, que será base de seu interesse, posterior, pela Filosofia, questões espirituais que interferem no amadurecimento psíquico do indivíduo ou grupo social. A opção pela Medicina veio em decorrência de seu paladar pelas ciências humanas e naturais. Em 1900 ingressa como interno na Clínica Psiquiátrica Bugholzli de Zurique, local onde dois anos depois iria montar um laboratório experimental para implementar seu Teste de Associação de Palavras.

Influenciado pelos escritos de Freud, trocam correspondências em 1906, e após um encontro que durariam 13 horas ininterruptas, em 1907, tornam-se amigos e colaboradores. Uma amizade que em sete anos gera trocas de informações, análises e discussão de casos clínicos, chegando às confidências pessoais. Tanta amizade gerou uma interação de conhecimentos que culminou em evidenciar algumas diferenças teóricas fundamentais. Jung não aceitava que traumas de natureza sexual seria o único responsável por conflitos psíquicos, como Freud afirmava e este, contestava o interesse do colega pelos fenômenos de ordem espirituais como fontes de estudos. Culminando em 1930 com o auge das divergências. Um traumático rompimento das colaborações que gera até hoje dois vieses de partidários, dentre os estudiosos da Psicologia do século XX.

Retomando 2011 com Estilo


É muito bom retomar este Blog.

Infelizmente ficou um bom tempo sem postagens, mas agora retomando com uma continuidade aos estudos dos Estilos de Aprendizagem.

Vamos iniciar com a introdução de um estudo de um dos maiores Psiquiatras do século XX, Carl Gustav Jung. Partiremos de seus estudos dos Tipos Psicológicos e das Funções Psicológicas, teorias que consubstanciarão nossa linha condutora na busca por uma Educação mais eficaz, onde o aprendente, além de ser o centro do processo de aprendizagem, é seu coautor.

Que tal partirmos para conhecermos um pouquinho sobre a vida de Jung e logo depois partirmos para suas teorias?

Grande abraço,

Milton JB Sobreiro