segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


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Mais um ano está chegando ao fim.
Foram muitas expectativas que se iniciaram com 2009.
Muitas foram realizadas, como a construção deste Blog.
Outras ficaram adiadas, jamais descartadas, para 2010.
Mas o que é mais importante, é que todas estão sendo geradas. Qual mais um filho que será dado à luz e enfrentará um ano de crescimento. De ano em ano, de filho em filho, se faz nossa construção do conhecimento.
 



Este ano iniciamos percebendo que a EAD é uma Educação que embora pareça que falta peça, funciona perfeitamente, se trata da quebra dum paradigma. Na sequência discutimos que a EAD se trata de Educação Aberta Democrática, pois se baseia na Construção Coletiva do Conhecimento. Através da Teoria da Comunicação, percebemos o processo comunicativo que necessita de um feedback para se completar, sendo assim, reforça-se a questão defendida por Vygotsky da aprendizagem social e da interferência do outro como mediador do processo de aprendizagem.


Mas sendo a aprendizagem algo que depende do meio, e sendo social, não deixa de ter um caráter individual, concomitante. São as características pessoais de aprendizagem, ou melhor dizendo, os Estilos de Aprendizagem preferenciais, que cada um de nós carrega no processo cognitivo. Seja visual, auditivo ou sinestésico, há uma preferência, ou facilidade no aprender vendo, ouvindo ou vivenciando. Cada qual, mesmo em grupo, possui a sua aprendizagem facilitada por uma porta sensória de seu sistema cognitivo.



Mais uma vez o social...
Se nosso conhecimento é construido coletivamente, e se precisamos de um mediador e o somos em sentido contrário, se para que haja construção de conhecimento precisamos ter ao menos dois indivíduos envolvidos por um  processo comunicativo, este pode ser em um mesmo momento, ou quando os participantes não estão em interação no mesmo tempo. É a comunicação síncrona e assíncrona, respectivamente. A aprendizagem colaborativa não prevê simultaneidade, mas participação coletiva no processo.


2001... Hall9000 e Stanley Kubrick, um quase profeta do apocalipse...
A sensação de que a máquina poderia sobrepujar o homem com uma rede neural mais perfeita que a humana, é desmontada por uma das mais simples ferramentas da mecânica básica... uma chave de fendas. Dessa forma colocamos a tecnologia em seu devido lugar, a de nos servir como ferramenta de crescimento, não como monolito de estagnação e limitação. Assim a aprendizagem colaborativa se vale da tecnologia para galgar pontos cada vez mais promissores e avançados no conhecimento humano.




Enfim...
Veio o segundo semestre e trouxe a resposta, o feedback de todo o empenho desenvolvido no decorrer do ano. Um convite no mês de julho para escrever um artigo sobre Estilos de Aprendizagem para uma revista especializada no assunto publicada pela Universidad Nacional de Educación a Distancia - UNED, com sede em Madri, na Espanha.
Aprovado, o artigo "A Teleaula Voltada aos Estilos de Aprendizagem: Uma Nova Proposta Pedagógica" foi publicado em outubro, na 4ª edição do seu 1º volume.


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2010... Esse ano promete...
Dando continuidade aos estudos desenvolvidos esse ano, partiremos de uma forma ainda mais analítica do processo cognitivo, para que possamos ao findar o ano, encerrá-lo com uma nova síntese do construído em seu decorrer.
Espero poder contar com a participação ativa de cada um de vocês que me honrou com sua leitura e comentário. Espero poder corresponder com a confiança depositada.


Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo cheio de realizações, maiores ainda do que esse que sem dúvidas o foi.


Um grande abraço a todos...


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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especialista em EAD
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/4182553698301771
Designer Instrucional
Educomunicador
http://eadtedi.blogspot.com
http://www.meadiciona.com/miltonsobreiro
Revista de Estilo de Aprendizaje - UNED Madrid
http://www.learningstylesreview.com/



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Revista de Estilos de Aprendizaje - UNED - Madrid - Espanha


Façam uma visita à Revista Eletrônica de Estilos de Aprendizagem.
Meu artigo é o 13º - A Teleaula voltada aos Estilos de Aprendizagem:
Uma Nova Proposta Pedagógica.
Espero todos por lá e as críticas podem ser postadas nos Comentários deste Post.
Grande abraço a todos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009



quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Aprendizagem Colaborativa Assistida por Computadores: Uma nova Odisséia no Cyberespaço.


São dois conceitos ajuntados simbioticamente em um terceiro... Quem sabe uma relação dialética entre uma Aprendizagem Colaborativa que se apresentaria qual uma tese, e o Computador, concebido para ter as respostas prontas, tão logo lhe seja solicitada, antitética à construção da primeira, mas como somos seres humanos, sociais per si, relegamos à máquina do milênio a simples função assistencial da mais importante ação humana: a da construção do conhecimento que se faz síntese neste diálogo.

Aprendizagem Colaborativa poderia ser definida enquanto métodos e técnicas de aprendizagem, compartilhadas por um determinado grupo objetivando a aprendizagem de todos com a colaboração de cada um, independente de sua função nele. Tal ação, ou elenco de ações, ou, melhor ainda, (inter)ações se dão através de um conjunto de conhecimentos prévios inerentes a cada componente, adquiridos socialmente em seus diversos grupos de convívio. Cada papel social exercido, em cada ambiente de convivência, deve ser constantemente desequilibrado, e, ao buscar a reequilibração deste, algo é assimilado e será transformado em desequilibrador para outro ambiente social. Este motocontínuo levará os diversos conjuntos de pessoas de sua convivência a compartilhar estes e outros saberes, em constante (des)(re)equilibrar possibilitando um rearranjo cognoscível inter-relacional com centro irradiador em cada indivíduo envolvido direta ou indiretamente.

Neste sentido vem, com o computador e mais, com a rede mundial de computadores, um novo nó, por onde se ligam outros centros irradiadores, tecendo assim uma teia de conhecimentos e interesses dos mais distintos, mas que podem se tocar em áreas de intersecção, permitindo ao assunto ser abordados em seus mais distintos vieses, abrangidos por uma ampla diversidade cultural. Sendo assim, o computador passa a estar em seu devido lugar, o da ferramenta dominada pelo usuário, é o pressuposto kubrickiano do HAL9000, que domina o destino da nave de 2001, mas não o do homem que com o mais simples dos instrumentos da inteligência humana, uma chave de fendas simplesmente o desliga, mantendo a hegemonia da espécie sapiens.

Mas por que toda essa filosofia para descrever um processo tão simples quanto o da aprendizagem colaborativa?

Porque por mais complexo que seja o desafio apresentado, o monolito de 2001, pode ser transposto pela colaboração, por mais engenhosos que sejam os instrumentos de averiguação, não podem competir com a simplicidade de uma chave de fendas... Por mais enrolados que sejam os problemas apresentados, não resistirão às circunvoluções cerebrais humanas, muito menos quando agem em redes de pensamentos advindas das mais longínquas estâncias do saber cultural do homem.

Grande abraço,

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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

sábado, 15 de agosto de 2009

Comunicação (As)Síncrona

Muitas vezes, em sala-de-aulas, deparo com alunos que deixam de compreender um conceito, não por desconhecimento desta ou daquela disciplina, mas por uma má formação em nosso idioma. Termos que quando trabalhados na sua etimologia transformam óbvios seus conceitos. Nessas horas lamento a retirada de nosso currículo básico o Latim, base do Português, ou um aprofundamento em Morfologia no ensino de nossa língua. Seria de muita utilidade para nossos estudantes um conhecimento mais aprofundado dos radicais, prefixos e sufixos latinos e gregos. Garanto que os professores das demais disciplinas agradeceriam muito, pois facilitaria grandemente o trabalho de ensinar, permitindo ao aluno, ao reconhecê-los nas palavras, perceber o conceito inerente à ela.

Por que faço toda essa introdução para discutir dois conceitos que já estão introjetado no rol de termos mais comuns em EAD - síncrono e assíncrono? Porque no simples olhar à morfologia dos termos suas semânticas vêm à tona.

Inicialmente vamos deixar de lado as aplicações contextualizadas destes. Tomemos, então, o primeiro deles. Síncrono. O seu radical tem origem no grego e quer dizer tempo, dele derivam cronologia, cronológico, crônico, e uma infinidade de outros termos. Mas quando prefixado por [sin-], também originário do grego, com o sentido de simultaneidade, forma o morfema [síncrono], clarificando sua semântica de simultaneidade temporal. Quando olhamos outro prefixo grego, o [a-], notamos que transforma uma palavra em sua negação, transforma-a em privação do conceito inerente ao seu radical. Sendo assim, assíncrono, deixa de ter o sentido de simultaneidade temporal, como descrito acima, e torna-se em um conceito atemporal, para utilizar a mesma prefixação em relação ao radical tempo.

Agora sim, vamos contextualizar os termos em nosso estudo de EAD ou das TICs empregadas à Educação. Ao falarmos de Comunicação Síncrona, nos referimos àquela produzida por ferramentas, também síncronas, ou seja, ao mesmo tempo, simultaneamente, com outros participantes da palestra, do curso ou da aula em questão. Tais ferramentas podem ser um simples chat, como o MSN ou o Skype, mas podem ser ferramentas mais sofisticadas de webmeeting, onde os participantes interagem em áudio e vídeo com o ministrante que pode fazer uso de slideshows, animações e vídeos como ferramentas assessórias à explanação do assunto. Nestas reuniões, os participantes podem interferir com seus conhecimentos e experiências pessoais, gerando assim a construção coletiva do conhecimento de todo o grupo. Por outro lado, quando olharmos às ferramentas assíncronas, estamos nos referindo àquelas onde o aprendente pode acessar independente de horários pré-agendados, e sim no momento em que lhe for propício, para uma melhor interação com o conteúdo e ferramentas disponíveis. Estas podem estar em ambientes como blogs, comunidades sociais, wikis, LMS,..., na forma de textos, podcasts, slideshows, animações, vídeos, testes, ou outras tantas formas de disponibilização de conteúdos.

Se olhamos tais formas de comunicação, visando a montagem de cursos em EAD, precisamos atentar à uma questão fundamental, a relação custo-adequabilidade-benefício. Um curso baseado em ferramentas síncronas utilizando ambiente especialista, pode ter um custo que inviabilize o processo, neste caso as ferramentas assíncronas podem ser mais indicadas. Portanto, um bom planejamento prévio do curso com seus objetivos gerais e específicos bem delineados, perfil do participante esperado definido, assim como o conteúdo a ser disponibilizado com a ferramenta selecionada, serão informações imprescindíveis à tomada de decisão quanto à sincronicidade, ou não, do ambiente a ser utilizado.

Grande abraço,

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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

Referência:

BRITO, Allan. Síncrono ou assíncrono. Disponível em http://www.colaborativo.org/blog/2007/10/08/sincrono-ou-assincrono/. Em 15/08/2009.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Estilos de Aprendizagem - O Caminho Sensorial da Aprendizagem


A maior preocupação de um Educador é a de que o educando possa construir, com sucesso, o seu conhecimento, para tanto, vivemos discutindo e buscando soluções, a cada vez melhores para que se facilite esse processo. Um dos maiores prazeres que temos é o de um dia nos depararmos com um ex-aluno bem sucedido profissionalmente na área que desejou.

Sabemos que cada indivíduo é único geneticamente, o que o faz possuir características muito pessoais, produzidas por seu genótipo. Dentre elas as cognitivas. Dificilmente encontraremos duas pessoas que incluem em seu universo de conhecimento determinado assunto de uma forma idêntica. Se olharmos para nós mesmos e para as pessoas de nossa convivência, perce-bemos, nitidamente, essa diversidade. Uns gostam de ler um livro, uma apostila um paper, jornal, revistas especializadas; outros de assistir a uma aula, uma palestra, um filme; há quem prefira um áudio, uma música enquanto lê, um podcast de uma aula ou palestra; e os que necessitam de uma ação para reforçar o aprendizado, práticas nos conteúdos, experiências, pesquisas, etc... Essas características são conhecidas por Estilos de Aprendizagem.

Destes, há, por sua vez, uma grande diversidade, estudados por vários teóricos das áreas de Educação, Psicologia, Psiquiatria, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Programação Neuro-linguística... Neste texto trataremos dos Estilos de Aprendizagem Sensórios, como os chamarei, não que sejam apenas estes que assim possam ser classificados, mas trabalharemos com três grandes grupos deles, os chamados Estilo Visual, Auditivo e Sinestésico, e suas características em relação à aprendizagem.

Estilo de Aprendizagem Visual

Quando o Estilo de Aprendizagem do indivíduo é enfaticamente visual, temos nele uma maior facilidade cognitiva ao montar mapas mentais a partir de conceitos que lhes sejam apresentados em formas gráficas ou icônicas. Os estímulos visuais lhes serão de maior valia que simplesmente ouvir uma aula expositiva ou uma palestra onde o ministrante não utiliza recursos visuais com eficiência. Muitas vezes são usados, mas em um tempo pequeno para o visual perceber a mensagem.

O visual perde a atenção ao assunto apresentado quando há um grande número de estímulos visuais conflitantes, dentro de um conjunto muito extenso de informações recebidas. Desta forma, como a sua capacidade de processamento da informação é feito de forma mais rápida que a dos demais, se sua atenção não for assegurada de forma eficaz, se perde em devaneios, deixando de assimilar o desejado. O que ocorre, também, se o ambiente em que está lhe chame mais a atenção que o objeto de aprendizagem, visto que sua capacidade de percepção o faz atentar ao que está em seu redor, levando-o à dispersão. Sua percepção do ambiente é tão global que é capaz de, olhando o todo, decompô-lo em suas partes, quando lhe for necessário.

Seu momento de estudo deve ser revestido por estímulos visuais, como as vídeo-aulas. Deve procurar montar esquemas, resumos, anotações, tabelas, gráficos, fluxogramas, desenhos. Estes podem ser afixados em locais onde o aprendente tenha contato visual constante, como portas de armários, ou de quartos, papéis de parede de seu computador... Com isso, construir imagens mentais do que está estudando é, posteriormente, reorganizá-la em formas textuais. 

Estilo de Aprendizagem Auditivo

Este trabalha cognitivamente criando histórias com o que está ouvindo. Sendo assim, por ficar muito atento aos sons, é facilmente perturbado por outros sem importância que se tornam, literalmente, ruídos na comunicação com esta pessoa. Outra forma de desviar-lhes a atenção são informações sonoras desconexas e em muita quantidade e velocidade, visto que seu processamento de informações não é tão veloz quanto o do visual. Embora não aparente estar ligado às alterações que estão em seu plano visual, é capaz de discernir todos os sons e tudo o que está sendo falado em sua volta.

Outra característica marcante deste indivíduo diz respeito à sua organização. Mesmo sendo organizado, depende de uma série de instruções passo-a-passo e outras informações para agir. Por terem na linguagem sua maior forma cognitiva, ao estudar repetem para si o que devem aprender.

Gravar aulas, palestras, seminários, ou outros do gênero, podem ser de grande valia para o auditivo na hora de estudar. Fazer resumos e gravá-los para posteriormente ouvi-los é de extrema eficácia, assim como ler os textos a estudar em voz alta, e durante as aulas, ouvir mais que anotar, deixando para fazer os resumos em outro horário, anotando, durante a aula apenas as informações indispensáveis. Uma boa conversa com os colegas sobre a aula ou sobre o conteúdo estudado é um ótimo recurso para este auditivo.

Estilo de Aprendizagem Sinestésica

Por fim, o grupo dos Sinestésicos. Estes são dependentes de experiências motoras, sendo assim, a prática ao estudado lhes é essencial ao aprendizado. Sua atenção é prejudicada quando recebe estímulos áudio-visuais desconexos, pois seu processamento de informações é o mais lento dentre os três grupos. Por essas características, a imobilidade os faz perder parte preciosa de sua capacidade cognitiva, muitas vezes as salas-de-aulas matriciais ou tolhem de aprender, ou os rotula de “perturbador da ordem”, o que, necessariamente, não o é.

Aparentemente disperso das atividades visuais, é absolutamente consciente do ambiente que o circunda, pois tem sua atenção muito focada no “eu”, o que não os faz, necessariamente uma pessoa egocêntrica, mas consciente de seus sentimentos e sensações. Possui um senso organizativo inusitado, é criativo e chega à conclusões, na maioria das vezes, diferente da maioria de seus pares.

Algo que facilita, ao extremo, um sinestésico são os professores com boa movimentação em sala-de-aulas, que inflexionam as palavras com modulação de voz, interpretando o conteúdo explicado. As aulas práticas em laboratórios passam a ser uma ferramenta de grande valor, por lhes ser de fundamental importância a prática do que está aprendendo. Quando em momento de estudo solitário, ler em voz alta movimentando-se pelo espaço, que pode ser um quarto, uma sala, ou, até, uma pista de caminhada ou corrida em um parque usando um MP3, MP4, IPod... O importante é que associe movimentos, gestos, inflexões de vozes com o conteúdo estudado, pois quando precisar trazê-los da memória poderá fazê-lo lembrando da situação de aprendizagem.

O ideal é que todos busquem desenvolver em si os três Estilos de Aprendizagem afim de que possam aprender em qualquer situação de construção do conhecimento. E quanto ao docente, que a cada assunto que irá ministrar, que pense em estratégias adequadas à cada Estilo de Aprendizagem que encontrará inerente a cada um de seus aprendentes.

Bons estudos a todos...

Grande abraço,

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Milton Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

Referência:
http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/AU_01_jsilveira.pdf
Processamento Auditivo: Fundamentos e Terapias , de Ana Maria Alvarez, Editora Lovise


sexta-feira, 24 de julho de 2009

Teoria da Comunicação: Processo Comunicativo


Parafraseando o publicitário Duda Mendonça:

“Comunicação não é o que se diz, mas o que o outro entende”.

Como trabalhar a mensagem para buscar que o outro entenda aquilo que desejamos?

Há na Teoria da Comunicação um esquema que pode ser de grande valia se nos valemos dele para montar nossa estratégia de Comunicação.

Cinco são os elementos básicos da Comunicação, que veremos a seguir.

Emissor: é o ente que deseja transmitir algo a alguém.
Receptor: é o que recebe algo de alguém.
Mensagem: trata-se daquilo que o emissor quer fazer chegar ao receptor.
Código: a forma como é tratada a Mensagem que o emissor quer fazer chegar até o receptor.
Veículo: é o elemento por onde a mensagem codificada trafega do emissor ao receptor.
Feedback: de origem inglesa é usada para a resposta do receptor ao emissor sobre a mensagem.

Depois destas simplórias definições, trataremos com maior clareza o processo, no seu todo.

Quando um emissor deseja enviar uma informação a um receptor, deve atentar aos outros três ele-mentos da Comunicação. Partindo da Mensagem que deseja comunicar, irá escolher o veículo por onde ela trafegará, para depois codificá-la, não apenas com vistas ao repertório simbólico do receptor, mas às características do veículo de comunicação que estará usando. Não poderá passar uma foto pelo telefone, para deixar mais clara a explicação, para tanto, poderia valer-se do correio, enviando a referida fotogra-fia por carta, o que já não seria possível se a mensagem fosse em forma de vídeo, a menos que estivesse em uma mídia física passiva de transporte, o melhor veículo seria a rede mundial de computadores.

Mesmo quando estamos presencialmente com o receptor, precisamos atentar à codificação simbólica utilizada para a comunicação, deve ser de conhecimento dele, afinal, como decodificar algo que não se conheça o código? Oral ou gestual há sempre um grupo de elementos simbólicos pelos quais nos podemos valer para que a mensagem chegue ao receptor de forma eficaz.

Seja como for o processo comunicativo, presencial ou a distância, de forma síncrona ou assíncrona, ele só estará completo após o feedback que o receptor lançar ao emissor, e que será parte de um moto-contínuo de emissão-recepção-feedbak.


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Milton Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especializando em Educação a Distância
Designer Instrucional
Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Educação Aberta e Democrática I

Antes de tudo, sou um Educador.

Um Educador que vive em meio a um processo de transformação nos paradigmas educacionais, influenciados por um mundo Pós-Moderno, onde as negações ao seu predecessor Moderno se fazem em todos os âmbitos dos relacionamentos e realizações humanas.

Neste cenário de constantes rupturas e background caleidoscópico surge uma nova forma de se fazer a antiga Educação a Distância, agora, mãos dadas às Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, se faz de modo colaborativo, mediada por computador online, através da rede mundial, a Internet. À esta altura, não podemos mais falar em Educação Presencial ou a Distância, mas em Educação. Não podemos mais conceber uma Educação conservadora, mais que isso, reprodutora da ordem estabelecida pela sociedade dominante sem que se permita aos aprendentes uma formação mais ampla e questionadora.

O novo cidadão precisa estar apto às análises críticas cabíveis com relação ao mundo que o cerca. Em nossa sociedade não há mais lugar para a Educação Bancária, tão criticada por Paulo Freire. Passou da hora de rompermos com o antigo paradigma da sala-de-aulas matricial, dos alunos feitos de meros ouvintes de conteúdos descontextualizados com seu dia-a-dia, perfilados de olho na nuca do colega, muitas vezes impedido de questionar o docente, infelizmente, muitas oriundo de uma má formação acadêmica com raízes fortes na mesma Educação que receberam de seus mestres.

Sonho com uma Educação nova, com novos modelos de ensinagem e aprendizagem, colaborativas entre si, onde tanto professor quanto aluno estejam imersos em um mesmo ambiente multifacetado de recursos de construção do conhecimento. É neste sentido que a Educação Mediada por Computador Online se apresenta, como uma modalidade de Educação Aberta e Democrática. É para essa Educação que tenho buscado, a cada dia, mais informação e formação, a fim de poder atuar colaborativamente aos colegas Educadores com experiências vividas e construir conhecimento.

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Milton Sobreiro

Licenciado em Ciências Sociais

Especializando em Educação a Distância

Designer Instrucional

Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mãe... sobrou peça...

Você já viu acontecer aquela velha história do menino que pega as ferramentas do pai, o eletrodoméstico danificado da mãe e, munido de sua curiosidade, ímpeto de sapiência e ousadia, abre, desmonta, encontra algo que crê ser o problema e ao remontar percebe que sobrou peça. Algumas vezes faz vrum e funciona, em outras, quando esta ação é apenas fruto de sua irresponsabilidade juvenil, faz bum...

É exatamente esta cena que vemos no atual panorama mundial. Estamos vivendo um momento no mundo de desconstrução e reconstrução, característica de uma mudança de período histórico, a contemporaneidade, já chamada de Pós-Modernidade está desconstruindo o que o período Moderno construiu, tirando seus excessos, e buscando reconstruí-lo de uma forma mais minimalista, mais enxuta. E a Educação não poderia estar fora desta dicotomia: desconstrução-reconstrução.

Uma das mais profundas transformações da Pós-Modernidade se pode perceber no que tange a duas grandezas, talvez as principais na atualidade. Tempo e espaço sofreram profundas alterações conceituais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Se antes a comunicação, para se efetivar, precisava ser por carta, cruzando estradas precárias, muitas vezes em tração animal, o que tomava muito tempo, passado algum tempo, com o advento do avião as mesmas distâncias passaram a ser percorridas, a cada novo modelo de aeronave, em menor tempo, aproximando as distâncias. Com o avanço desta tecnologia, hoje, num simples clicar de botões ela se faz.

O homem pós-moderno não pode mais esperar a informação para o dia seguinte, nas páginas amareladas de periódicos monocromáticos. Antes pelo rádio, depois pela TV e hoje pela Internet, o que acontece em qualquer parte do Universo atinge-o quase que imediatamente, encurtando a distância que o separa do acontecimento. Hoje, não seria mais uma vantagem um telejornal ter em seu slogan a frase que consagrou o Repórter Esso dos idos dos 60 – A testemunha ocular do fato. Quem está linkado neste mundo cibernético também o é.

A Escola Moderna, de origem nos monastérios, permeada de tradicionalismo estrutural e pedagógico não ficou imune à derrubada de seus paradigmas, e, está dando lugar a uma reformulação espaço-tempo-pedagógica, aos moldes pós-modernos. Os focos mudaram, sempre visando uma adequação às práxis sociais vigentes. É nesta direção que, a cada dia mais solidificada, surgiu a Educação a Distância. Modalidade que abrevia tempo e espaço, universalizando a Educação, rompendo fronteiras, democratizando o acesso ao conhecimento que, até então, em alguns rincões deste país-continente não chegava. O homem pós-moderno, proativo, que não pode perder tempo em obter informação, com a EAD, tem ao seu dispor, não só a informação, mas a formação com a qualidade inerente ao seu tempo de dedicação.

Voltando à história do nosso menino cientista, a Educação a Distância desmontou a estrutura tradicional da Educação, e a remontou, excluindo as peças, que por não terem muita funcionalidade, acabavam por facilitar o travamento da engrenagem funcional. A grande diferença daquele menino, é que quem faz a EAD hoje não é inexperiente e curioso, mas um profundo conhecedor da Pedagogia e das teorias do conhecimento. EAD é a tendência pós-moderna em Educação, lugar de quem está antenado com seu tempo.

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Milton Sobreiro

Licenciado em Ciências Sociais

Especializando em Educação a Distância

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