quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mãe... sobrou peça...

Você já viu acontecer aquela velha história do menino que pega as ferramentas do pai, o eletrodoméstico danificado da mãe e, munido de sua curiosidade, ímpeto de sapiência e ousadia, abre, desmonta, encontra algo que crê ser o problema e ao remontar percebe que sobrou peça. Algumas vezes faz vrum e funciona, em outras, quando esta ação é apenas fruto de sua irresponsabilidade juvenil, faz bum...

É exatamente esta cena que vemos no atual panorama mundial. Estamos vivendo um momento no mundo de desconstrução e reconstrução, característica de uma mudança de período histórico, a contemporaneidade, já chamada de Pós-Modernidade está desconstruindo o que o período Moderno construiu, tirando seus excessos, e buscando reconstruí-lo de uma forma mais minimalista, mais enxuta. E a Educação não poderia estar fora desta dicotomia: desconstrução-reconstrução.

Uma das mais profundas transformações da Pós-Modernidade se pode perceber no que tange a duas grandezas, talvez as principais na atualidade. Tempo e espaço sofreram profundas alterações conceituais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico. Se antes a comunicação, para se efetivar, precisava ser por carta, cruzando estradas precárias, muitas vezes em tração animal, o que tomava muito tempo, passado algum tempo, com o advento do avião as mesmas distâncias passaram a ser percorridas, a cada novo modelo de aeronave, em menor tempo, aproximando as distâncias. Com o avanço desta tecnologia, hoje, num simples clicar de botões ela se faz.

O homem pós-moderno não pode mais esperar a informação para o dia seguinte, nas páginas amareladas de periódicos monocromáticos. Antes pelo rádio, depois pela TV e hoje pela Internet, o que acontece em qualquer parte do Universo atinge-o quase que imediatamente, encurtando a distância que o separa do acontecimento. Hoje, não seria mais uma vantagem um telejornal ter em seu slogan a frase que consagrou o Repórter Esso dos idos dos 60 – A testemunha ocular do fato. Quem está linkado neste mundo cibernético também o é.

A Escola Moderna, de origem nos monastérios, permeada de tradicionalismo estrutural e pedagógico não ficou imune à derrubada de seus paradigmas, e, está dando lugar a uma reformulação espaço-tempo-pedagógica, aos moldes pós-modernos. Os focos mudaram, sempre visando uma adequação às práxis sociais vigentes. É nesta direção que, a cada dia mais solidificada, surgiu a Educação a Distância. Modalidade que abrevia tempo e espaço, universalizando a Educação, rompendo fronteiras, democratizando o acesso ao conhecimento que, até então, em alguns rincões deste país-continente não chegava. O homem pós-moderno, proativo, que não pode perder tempo em obter informação, com a EAD, tem ao seu dispor, não só a informação, mas a formação com a qualidade inerente ao seu tempo de dedicação.

Voltando à história do nosso menino cientista, a Educação a Distância desmontou a estrutura tradicional da Educação, e a remontou, excluindo as peças, que por não terem muita funcionalidade, acabavam por facilitar o travamento da engrenagem funcional. A grande diferença daquele menino, é que quem faz a EAD hoje não é inexperiente e curioso, mas um profundo conhecedor da Pedagogia e das teorias do conhecimento. EAD é a tendência pós-moderna em Educação, lugar de quem está antenado com seu tempo.

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Milton Sobreiro

Licenciado em Ciências Sociais

Especializando em Educação a Distância

Designer Instrucional

Coordenador de Pólo Presencial – Eadcon

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Prof. Milton JB Sobreiro
Licenciado em Ciências Sociais
Especialista em EAD
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Educomunicador